Entrevistas com Especialistas em Cultivo: a voz da terra e da tradição
- Mayhenzinho 
- 11 de out.
- 2 min de leitura

Por trás de cada folha de tabaco há uma história contada por quem vive entre o sol e o solo.São vozes que falam com calma, como quem aprendeu que o tempo da colheita não se mede em horas, mas em estações.A Mayhem Tobacco conversou com agricultores e historiadores que dedicaram a vida a entender a planta — não como produto, mas como parte de uma herança agrícola e cultural.
“O tabaco ensina paciência” — João Ferreira, agricultor há 42 anos
No interior do Paraná, João Ferreira ainda cultiva tabaco como o pai e o avô faziam.“O tabaco é uma planta que ensina o ritmo do mundo”, ele diz, enquanto observa as folhas penduradas no galpão de cura.“Cada dia é diferente. Se o sol muda, a planta sente. Se o vento sopra mais úmido, ela responde. O segredo é escutar.”
João explica que o processo é uma conversa entre homem e natureza.“O solo tem que estar vivo, a terra tem que respirar. Não existe fórmula — só experiência.É o tipo de trabalho que te faz entender que paciência é parte da colheita.”
“Cada região tem uma alma diferente” — Helena Prado, historiadora agrícola
Helena, pesquisadora especializada na história do cultivo do tabaco no Brasil colonial, vê na planta uma das primeiras expressões culturais ligadas à terra.“O tabaco foi uma das primeiras culturas a unir conhecimento indígena com técnicas europeias. Desde o século XVII, ele moldou economias locais, tradições e até sotaques.”
Segundo ela, cada região produtora desenvolveu um estilo próprio:“No Recôncavo Baiano, o aroma da folha é resultado do clima úmido e do solo escuro. No Sul, a cura é mais seca, o que dá outra característica ao perfume. Essas diferenças mostram que o tabaco carrega o território dentro dele.”
“A cura é um processo de alquimia” — Pedro Nascimento, técnico agrícola e pesquisador
Pedro estuda processos de fermentação e cura há mais de duas décadas.Ele compara o galpão de cura a um laboratório natural: “Ali dentro, o tempo vira ingrediente.A folha perde a cor, mas ganha identidade. O cheiro muda todos os dias — é a natureza criando arte por conta própria.”
Para ele, a parte mais fascinante é o equilíbrio entre tradição e ciência.“Os antigos faziam tudo com o instinto. Hoje temos tecnologia, mas o mistério ainda é o mesmo.É impossível olhar pra essa planta e não ver poesia. Cada colheita é uma obra viva.”
A sabedoria que o campo guarda
Ouvir esses especialistas é entender que o tabaco é, antes de tudo, parte de uma história humana — feita de mãos, de tempo e de observação.Ele une gerações, conecta culturas e traduz o respeito pela terra.Em cada fazenda antiga, há um acervo invisível de saberes que atravessaram séculos e continuam ensinando sobre cuidado e equilíbrio.
Mayhem Tobacco e o respeito pelas origens
A Mayhem Tobacco acredita que conhecer a história do tabaco é reconhecer a inteligência e a sensibilidade de quem o cultiva.Essas vozes do campo e da pesquisa mantêm viva uma tradição que é, ao mesmo tempo, agricultura e cultura.Porque entender a planta é entender o que há de mais humano na relação com a natureza: o tempo, o trabalho e o legado.
Mayhem Tobacco — onde o conhecimento cresce com raízes profundas.




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